Erguidos artesanalmente com técnicas de arvorismo, os dois chalés de madeira quase não incomodaram o terreno, cujos limites se apagam em meio às araucárias e montanhas de Campos do Jordão, no interior de São Paulo
Por Deborah Apsan (visual) e Silvia Gomez (texto) | Projeto Andre Eisenlohr/Cabana Arquitetos | Fotos Victor Affaro
A
construção suspensa, executada em cinco meses por quatro profissionais
especializados na confecção de plataformas para atividades esportivas na
natureza, aninha-se no terreno em declive. O custo total do par de
módulos, finalizados em 2013, foi de R$ 120 mil.
Os oito pilares de sustentação se mostram levemente inclinados, tal qual as árvores ao redor. Na fachada, o revestimento de taubilhas (telhas artesanais de madeira) lembra a casca envelhecida dos troncos, como se a construção quisesse passar despercebida, camuflada na floresta.
O objetivo do arquiteto paulista Andre Eisenlohr foi causar o mínimo impacto na área de 250 m2, parte de uma fazenda dedicada ao arvorismo, em Campos do Jordão, SP. “A ideia era criar duas casas de hóspedes. O próprio terreno ditou a forma”, conta Andre, que considerou uma dupla de araucárias fincada bem no meio do declive ao estudar a posição do conjunto. “Para não derrubá-las, desenhei unidades de 23 m2 cada uma, interligadas por um deck.”
Não houve movimentação de terra – suspensos, os módulos ficam protegidos da umidade e não interferem nos fluxos de água e vento. A medida também preserva a madeira, onipresente no projeto: além dos pilares de eucalipto e da taubilha no exterior, ela aparece no esqueleto de pínus reflorestado das paredes, nas vigas de garapeira, no fechamento interno de placas de OSB e no piso de ipê, reaproveitado de um galpão demolido. “É importante empregar a espécie adequada a cada função, levando em conta a resistência, o peso e a dureza de cada uma.” Veja adiante outros detalhes da obra.
FONTE:http://casa.abril.com.br/materia/chales-de-madeira-foram-construidos-com-tecnicas-de-arvorismo#12
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