sábado, 5 de maio de 2012

Escolha o tipo correto de colchão

Dormir bem é fundamental na vida de qualquer pessoa e, mais do que isso, é a garantia de saúde física e mental. De acordo com os médicos, uma pessoa adulta precisa dormir em média sete horas por noite, o que representa 2555 horas por ano. Ou seja, uma pessoa que vive 73 anos, de acordo com a expectativa de vida dos brasileiros calculada pelo IBGE, passa 35 anos dormindo.

A qualidade do nosso sono reflete diretamente em nosso rendimento e eficiência nos momentos em que estamos acordados. O que pouca gente sabe é que investir em um bom colchão e travesseiro pode ser o que falta para ter noites bem dormidas. Às vezes a insônia pode ser fruto de um mau posicionamento na cama, travesseiros que não acomodam bem a coluna cervical ou um colchão mole ou duro demais.

Para escolher o colchão ideal para você, o primeiro passo é levar em conta o seu peso. De acordo com o professor Gilberto Ohara, do departamento de ortopedia da Unifesp, a característica essencial em um colchão e que os médicos recomendam ser verificada antes de qualquer outra é a densidade.

A densidade é uma característica dos modelos de espuma e a principal maneira de classificá-los. Ela vem indicada na embalagem pela letra D e é a responsável por mensurar quanto o colchão vai ceder à pressão da massa corpórea do usuário, de acordo com o volume por metro cúbico de espuma. Na hora da compra, você pode consultar a tabela de densidade, disponível nas lojas, e também procurar pelo selo Pró-Espuma, que atualmente atesta a qualidade destes produtos.

De acordo com o gerente de colchões da Mannes, Geison Debatim, hoje é possível encontrar no mercado colchões de espuma com densidade real, densidade aproximada do real e densidade referência, que guarda pouca relação com a real. Ele explica que a partir de 2013 entrará em vigor uma norma do Inmetro que garantirá o selo de conformidade apenas para as peças com densidade real.

Dormir em um colchão muito rígido ou mole demais pode alterar a posição natural da coluna e da musculatura e, ao invés de relaxar, acaba gerando cansaço físico e muitas dores. Quando a rigidez do colchão é excessiva, a coluna fica torta e o quadril, ombros e cochas deslocados. A postura errada acaba exigindo demais dos músculos quando eles deveriam relaxar. No entanto, quando é pouca, não promove a sustentação necessária para as partes mais pesadas do corpo deixando a coluna sem apoio.

"Um colchão mole demais, tanto se a pessoa estiver deitada de lado quanto de barriga para cima, vai acompanhar as pressões do corpo e fazer com que a coluna fique desalinhada. Ao longo do tempo, essa postura inadequada vai causando alterações na coluna que podem se tornar degenerativas e contribuir para o aparecimento de artrose, por exemplo", alerta o médico Gilberto Ohara. O mesmo problema pode ser gerado pelo uso de um colchão duro demais.

Todo colchão deve ceder proporcionalmente às curvaturas do corpo da pessoa que se deita, mantendo a coluna bem posicionada, da maneira mais retilínea possível. Ohara explica que não existe uma posição ideal, mas que guardadas as características de conforto individual, quanto mais pesado o usuário, maior precisa ser a densidade da peça.

"Para casais com discrepância de peso, por exemplo, é recomendado que o colchão seja feito por encomenda, mantendo a densidade indicada para cada um em seus respectivos lados" , menciona o professor. Mas, se um colchão personalizado não é opção para você, a recomendação é que a densidade esteja de acordo com a pessoa mais pesada.

Muitas pessoas acreditam que os colchões de espuma deformam em pouco tempo, mas Luiz Castro, diretor comercial da F.A. Maringá, fabricante de colchões, argumenta que isso depende da qualidade. "Esqueça o papo de que colchão de espuma deforma com mais facilidade, porque embora seja mais barato, o que determina efetivamente a vida útil de um colchão é a qualidade do produto", afirma.



Com informação do site BBel

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