quarta-feira, 20 de julho de 2011

Casa recria o estilo campesino da Toscana

Projeto de casa de lazer na Serra Gaúcha mostra integração com a natureza e materias rústicos


Fascinados pela arquitetura da Toscana, após retornarem de uma viagem à região italiana, o casal com filho jovem sonhava recriar o mesmo estilo campesino na futura casa de lazer da família, em Canela, no Rio Grande do Sul. Com experiência de quem trabalha há mais de 30 anos com projetos de residências na Serra, a arquiteta Zaira Hoffmann Schlieper e o engenheiro civil Libório Schlieper configuraram a morada desejada, em 230,76 metros quadrados. Erguida em meio à vegetação nativa de um condomínio fechado, a construção mostra integração com a natureza e materiais rústicos na proposta dos profissionais.
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– Eles queriam uma casa italiana, mas em harmonia com a paisagem. Então, fizemos uma residência de alvenaria rústica, com reboco texturizado e pintura envelhecida. Madeira de demolição, telhas tipo capa canal, beirais estreitos e revestimento de pedra colonial na parte inferior das paredes também lembram as moradas da Toscana – explica Zaira.
Contornadas por molduras de concreto, as esquadrias de louro-freijó receberam esmalte acetinado branco nos caixilhos. Na fachada, um alpendre protege a porta de madeira de demolição, garimpada em antiquário da região. O mesmo material rústico surge no pergolado dos carros, no deque e no solário envidraçado – estes projetados nas laterais da morada para melhor orientação solar.
Conforto térmico Para suportar as baixas temperaturas da Serra, os profissionais não dispensaram soluções para a família aproveitar com conforto o inverno.
– Além da calefação com radiadores de parede, através de caldeira a gás, usamos vidros duplos nas esquadrias, chapas de poliestireno entre as paredes duplas de tijolos maciços e manta térmica sob o telhado. E ainda a lareira na área social, que amplia o aconchego – diz Zaira.
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Projetado para integrar os espaços sociais com a mata, o solário tem pilares e vigas de madeira de demolição e fechamento de vidro laminado. Árvores nativas foram preservadas no paisagismo assinado pelo agrônomo paisagista Toni Backes, que elegeu a gramasempre- verde para a forração do jardim por ser apropriada para terrenos sombreados. Para o terreno em declive próximo à área envidraçada, florde- mel entremeia os degraus de pedra, contornados por éricas. Para dar cor à vegetação, hipoestes brancas, rosas e vermelhas.
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Adquirida em antiquário, a porta de madeira de demolição da entrada foi adaptada ao vão com vidros laterais de forma a suavizar a estrutura e permitir maior iluminação para a área interna.Alegriade- jardim (planta vermelha), vinca variegata e magnólia lilás compõem o jardim frontal.
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Na lateral oposta ao solário, um deque elevado ameniza o desnível do terreno e oferece espaço de lazer ao ar livre, comunicado por portas de louro-freijó com o estar e a área da churrasqueira.
Funções conjugadas– Os proprietários solicitaram uma área social integrada, que permitisse receber parentes e amigos com conforto. Seguimos o mesmo estilo rústico da arquitetura, com o uso de tijolos e madeira de demolição, e o vidro para trazer o verde para dentro dos espaços – afirma a arquiteta Zaira Hoffmann Schlieper, ao explicar a concepção do living de 70 metros quadrados da residência serrana.
Seguindo o desnível do terreno, seis degraus de madeira separam o hall do jantar e estar. Este, aquecido pela lareira com volume de tijolos de demolição, é valorizado pela vista da mata nativa proporcionada pelo grande pano de vidro. Para facilitar a limpeza, todo o piso é revestido com placas cimentícias.
Balcão tipo bar de madeira pínus autoclavada setoriza a cozinha, que ganhou churrasqueira integrada para aproximar o assador dos convidados.
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Amplo pano de vidro forma um quadro verde no estar, com forro destacado pelas vigas de madeira de demolição. O material rústico forma ainda o aparador da lareira, com volume de tijolos aparentes.
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Em dias de temperaturas amenas, a porta ao lado da churrasqueira pode ser aberta, aproximando o assado dos convidados no deque ao ar livre.
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Cortinas de voile branco promovem suave sombra em dia de forte insolação e conferem visual romântico ao solário envidraçado, ambientado com móveis de fibra sintética.
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Posicionado próximo ao desnível do hall, o jantar é iluminado por lustre de ferro. Paredes brancas e forro de linhas retas dão neutralidade ao espaço, marcado pelo uso intenso de madeira.
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Móveis herdados da mãe da proprietária configuram o quarto do casal, de 13,5 metros quadrados. Paredes em tom camurçae piso revestido com laminado ampliam a sensação de

aconchego na área íntima

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sonho da casa própria: veja dicas para comprar imóvel na planta com segurança

24 de junho de 2011 • 11h02 Por: Fernanda de Moraes Bonadia
SÃO PAULO – Com o boom imobiliário dos últimos anos, a oferta de imóveis na planta cresceu. Mas, proporcionalmente a ela, também aumentou o número de reclamações. Os principais motivos do descontentamento dos consumidores são o atraso no prazo de entrega e os defeitos na obra.
De acordo com estudo feito pela Amspa (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), os casos de descumprimento das datas para entrega da propriedade alcançaram 2.145 reclamações, entre janeiro e maio de 2011.
No mesmo período do ano passado, a quantidade de prejudicados ficou em 1.302, o que representa um aumento de 43% para este ano. Já em relação aos vícios na construção, a estimativa é de 8 mil ações em todo o estado de São Paulo.
Vantagens da aquisição na plantaA maioria dos consumidores é atraída pela compra diretamente na planta, porque de fato ela oferece diversas vantagens, inclusivefinanceiras. De acordo com o presidente da Amspa, Marco Aurélio Luz, a economia pode chegar a 30% em relação ao mesmo empreendimento pronto.
A aquisição na planta também proporciona menos burocracia para tirar a documentação, tempo para planejar a mudança, possibilidade de personalizar o imóvel, além da valorização do bem, após o término da construção.
Fique de olho!Por conta de todos os problemas enfrentados pelos consumidores, a Amspa lançou uma cartilha, para orientar aqueles que pretendem comprar um imóvel na planta, seja para morar, seja para investir.
“Sem dúvida, muitos problemas dos mutuários que buscam informações na Associação estão relacionados à falta de conhecimento de seus direitos”, destaca Luz. Confira abaixo algumas dicas para se proteger:
  • Antes da assinatura do contrato
Faça uma planilha com os gastos da família para saber se dá para arcar com um financiamento imobiliário. Calcule os custos do condomínio e para mobiliar a casa. Faça um levantamento sobre a construtora. Pesquise sobre o local: ele está valorizado? Tem transporte fácil, hospital, escola e comércio? Como é o trânsito em horários de pico?
  • Prazo de entrega e qualidade da obra
Peça ao corretor que apresente três empreendimentos concluídos pela construtora um ano após a entrega da obra. E converse com moradores desses empreendimentos, perguntando se o imóvel foi entregue no prazo, se os materiais têm qualidade, se a empresa cumpriu o que foi contratado, etc.
  • Aumento das parcelas
Vale destacar que, durante a construção, haverá, sim, correção das parcelas, com base no INCC (Índice Nacional da Construção Civil). Mas atenção: é proibido cobrar juros antes da entrega das chaves.
Para a prestação não aumentar acima da sua capacidade financeira, faça uma projeção da primeira à última parcela, para financiamento direto com a construtora, e um simulado, se repassado para o banco. Não deixe o valor da parcela comprometer mais de 30% da renda familiar.
  • Evite o pagamento à vista
Por mais que você tenha feito o levantamento sobre a construtora, poderá surgir algum imprevisto. Por isso, não é aconselhável gastar o dinheiro que você tem guardado. A dica é dar uma entrada de 10% e ajustar as intermediárias em valores não superiores ao 13º salário.
  • Quitar o financiamento
O melhor momento para fazê-lo é na hora da conclusão da obra, quando o empreiteiro terá mais gastos e, com uma boa conversa, é possível ganhar um ótimo desconto.
Aproveite para usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) após a entrega das chaves, deixando um valor mínimo para financiar. Afinal, quanto maior o tempo e o valor financiado, mais juros você pagará.
  • Despesas
Saiba que a comissão do corretor deve ser paga pela construtora – não aceite pagar nenhum valor separado do contrato! Porém, quem acerta a despesa do cartório, o ITBI (Imposto sobre Transações Imobiliárias) e a escritura é o comprador.
  • Contrato
Antes do contrato, formalize uma proposta com tudo o que foi conversado e prometido. Já no documento final, não devem faltar: data de entrega da obra; multa pelo atraso da entrega (deve ser, no mínimo, de 2% mais juro de mora, que é igual ao cobrado em caso de atraso do pagamento do mutuário); se há aprovação de financiamento em algum banco e quais as condições para consegui-lo; formas de pagamento e suas correções; metragens (principalmente, do pé direito do imóvel).